A abordagem da expressão religiosa, como o canto, a meditação ou as orações, tende a envolver o sentido perceptivo e comunicativo das pessoas que a ela recorrem.
A estatuária sagrada não é uma excepção, com a sua reprodução realista de temas centrais e personagens da vida do crente, que procura neles uma mensagem de forte intensidade.
Estes objectos figurativos, propostos por Princípe, devem ser considerados como um suporte de um modelo de devoção popular sincera que, nascido no início do cristianismo e desenvolvido mais tarde ao longo dos séculos, marca a aliança entre a palavra anunciada e a sua influência sobre o indivíduo.
Desde a representação da Natividade até à Última Ceia ou às várias figuras inspiradas pela Virgem e os Santos, esta tendência estatuária particular tem sido objecto das mais variadas tendências artísticas e tem envolvido os maiores escultores, de Donatello a Michelangelo, enraizando-se na cultura italiana e europeia, e tornando viável uma familiaridade universal com o núcleo fundamental da fé.
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